Minha igreja tem Células. Minha igreja Multiplica - PAIXÃO PELAS ALMAS | IGREJAS DIRIGIDAS V
Texto Bíblico:
Algumas motivações de existência de algumas igrejas, que devemos pensar se nos, a IBE, não as temos em menor ou em maio grau.:
1 - Igrejas dirigidas pela tradição
“Nas igrejas dirigidas pela tradição, a frase preferida é: “Nós sempre fizemos isso desse jeito”. O alvo da igreja dirigida por tradições é simplesmente perpetuar o passado. Mudanças são quase sempre vistas de uma forma negativa e a estagnação é interpretada como sinônimo de ‘estabilidade’.
“Igrejas mais antigas têm a tendência de se agarrar a certas regras, regulamentos e rituais, enquanto as mais jovens tendem a se unir a um propósito e uma missão. Em algumas igrejas a tradição é tanta que qualquer outra coisa, inclusive a vontade de Deus, se torna secundária. Ralph Neighbour disse que as sete últimas palavras desta igreja são: ‘nós nunca fizemos isto deste jeito antes’.
2 - Igrejas dirigidas por personalidades
“Nesta igreja o fato mais importante é: ‘o que o líder da igreja quer?’ Se o pastor está servindo na igreja por muito tempo, certamente é a personalidade que a motiva. Mas se a igreja tem uma história de sempre mudar de pastor, um leigo de destaque na igreja certamente é esta força polarizadora. Um dos problemas comuns de uma igreja dirigida por personalidade é que o planejamento é sempre determinado pelo passado, necessidades e inseguranças do líder e não pela vontade de Deus e pela necessidade do povo. Outro problema é que esta igreja é colocada em xeque quando a personalidade dirigente a deixa ou morre.
3 - Igrejas dirigidas pelas finanças
“A questão que ronda a mente de cada pessoa numa igreja dirigida por finanças é: ‘quanto isto vai custar?’ Nada é tão importante quanto as finanças. Boa mordomia e entrada financeira são elementos essenciais em uma igreja sadia, mas finanças nunca podem ser um fator controlador. O item principal deve ser o que Deus quer que a igreja faça. Igrejas não existem para produzir lucro. A razão da existência de uma igreja não deve ser ‘quanto conseguimos economizar?’, mas sim, ‘quantos nós conseguimos salvar?’ Tenho notado que muitas igrejas são dirigidas pela fé nos seus primeiros anos, mas depois o dinheiro assume o controle da direção.
4 - Igrejas dirigidas por programas
“A Escola Dominical, o programa feminino, o coral e o grupo jovem são exemplos de programas que muitas vezes são a força que motiva certas igrejas. Numa igreja dirigida por programas, toda energia está concentrada em se manter o que foi planejado. A igreja dirigida por programas, em vez de desenvolver o povo, trabalha somente no preenchimento de cargos. A comissão de nomeações é o grupo mais importante da igreja. Se os resultados não são esperados, as pessoas envolvidas culpam a si mesmas por não trabalharem o suficiente. Ninguém jamais questiona se o programa ainda funciona ou não.
5 - Igrejas dirigidas por construções
“Winston Churchill disse uma vez: ‘Formamos os nossos prédios e depois os prédios nos formam’. Muitas vezes uma congregação está tão ansiosa por ter um prédio bonito, que os seus membros gastam mais dinheiro do que eles têm. O maior item do orçamento é o pagamento da manutenção das instalações. Fundos necessários para operar ministérios têm de ser desviados para pagar intermináveis prestações e assim o verdadeiro ministério da igreja sofre. Para isso serve a expressão chinesa: ‘Em vez de o cachorro balançar o rabo, o rabo balança o cachorro’. Por outro lado, certas igrejas permitem que a pequenez de seus templos sirva como limites para o seu crescimento futuro. Para eles, permanecer num templo histórico, embora inadequado, é mais importante do que alcançar a comunidade.
6 - Igrejas dirigidas por eventos
“Se você olhar o calendário de uma igreja dirigida por eventos, ficará com a impressão de que a meta daquela igreja é manter o povo ocupado. Sempre tem alguma coisa acontecendo, todos os dias da semana. Assim que um grande evento é realizado, já começam a trabalhar no próximo. Existe muito trabalho em igrejas como esta, mas não necessariamente produtividade. Uma igreja pode ser ocupada sem entender qual é o propósito de tanta ocupação. Alguém precisa questionar: ‘Qual o propósito de cada uma de nossas atividades?’ Numa igreja dirigida por eventos, o número de pessoas que frequentam as programações é a principal medida de fidelidade e maturidade. Devemos nos preocupar com a tendência de permitir que reuniões substituam o ministério como a principal atividade dos crentes.
7 - Igrejas dirigidas pelos sem-igreja
“Em uma tentativa honesta de alcançar almas para Cristo e ser relevante na cultura moderna, algumas igrejas permitem que as necessidades dos não-crentes se tornem a sua força motivadora. A pergunta principal é: ‘o que os sem-igreja querem?’ Devemos ser sensíveis às necessidades, emoções e interesses dos não-crentes. Planejar cultos evangelísticos visando essas necessidades é uma ideia inteligente, mas não podemos permitir que isso dirija por completo a programação da igreja.
“Os propósitos de Deus para sua igreja incluem o evangelismo, mas isso não exclui os outros propósitos. Atrair os sem-igreja é o primeiro passo em se fazer discípulos, mas não deve ser a força que controla a igreja. Ela deve ser sensível às almas famintas mas não pode ser dirigida por elas”.
Diante dessa visão geral, à luz da Bíblia, que tipo de igreja queremos ser? Uma igreja dirigida por eventos? Pela tradição? Pela construção? Enfim, que tipo de igreja queremos ser?
Acredito que nenhuma destas direções é cabível hoje em uma igreja realmente bíblica.
Porque queremos ser uma comunidade terapêutica e transformadora.
Queremos ser um povo que conhece e vive plenamente a Verdade. Queremos ser uma comunidade que tem relacionamentos curados, que cresce na vida interior e transborda para o exterior, com o propósito de ganhar o nosso bairro, nossa cidade, nosso estado, nosso país e a nossa geração! Esta é a vocação da Igreja: ser uma família, ser um lugar onde há vida, libertação, cura e aconchego.
As células são a nossa estratégia de conquista.
Porque, para um crente crescer saudável, ele precisa de ouvir e de falar.
Em Romanos 10:17 vemos que a fé vem pelo ouvir a Palavra. Quando participamos dos cultos, o alvo é recebermos fé pelo ouvir. Por outro lado, se queremos crescer, precisamos também compartilhar o que ouvimos. É pelo falar que somos cheios do Espírito; é pelo falar que geramos, liberamos e ministramos vida! Nas reuniões de celebração ouvimos para recebermos fé; e nas reuniões da célula, falamos para crescermos em fé! Todos nós necessitamos de uma dieta espiritual equilibrada, que envolve ouvir e falar.
Porque a Igreja deve ser uma família.
A Igreja, indiscutivelmente, não é o prédio onde nos reunimos. Ela é um edifício espiritual feito de pedras vivas que são as pessoas. A palavra de Deus nos diz que a Igreja é o corpo de Cristo na terra, membros ligados e unidos uns aos outros cumprindo o propósito de Deus de unidade.
Entendemos que a igreja é formada por pais e filhos espirituais, discipuladores e discípulos. Não existe discipulado sem relacionamentos e todo relacionamento firmado nos princípios de Deus, traz cura e crescimento.
De um modo geral, as pessoas estão carentes de amor e aceitação. Por isso, precisamos ser a resposta de Deus para os seus anseios! A igreja precisa ser uma grande família. A sociedade está cheia de pessoas feridas e desajustadas emocionalmente, as quais somente serão alcançadas através de um ambiente de amor e aceitação familiar.
É justamente esta a visão que temos para as células de nossa igreja: que cada uma célula seja um grupo familiar onde as pessoas são aceitas e amadas.
Na mente de todo homem, o lar é o ponto de convergência - o lugar de aceitação e de expressão incondicionais, o lugar de acolhimento e aconchego.
A Igreja, dentre tantas ilustrações bíblicas, é um lar, que deve ter todas estas expressões de vida e amor.
É por isso que estamos querendo ser uma igreja em células, porque desejamos ser um lugar de acolhimento em amor.
Esse é o segredo da edificação da igreja e do seu crescimento.
Mas, evidentemente esse padrão somente pode ser atingido nas reuniões da célula. É preciso enfatizar que a reunião da célula é tão importante quanto as reuniões gerais de celebração.
Um crente que deixa de participar da célula está comprometendo o seu próprio crescimento espiritual, do mesmo modo que, aquele que deixa de participar da reunião geral de celebração, está se privando do alimento da fé.
Nós precisamos desses dois tipos de reuniões para crescermos apropriadamente.