


Série Identidade -Parte III
Texto Bíblico: “Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” Gálatas 2:20
Introdução: Identidade tem a ver com santificação - é ação de Deus e responsabilidade humana. A necessidade de santidade em nosso tempo. O mal presente do século XXI.
1. Deus tem nos chamado a santidade:
1 Tessalonicenses 4.7: Paulo mostra que Deus nos chamou para a santificação que é algo totalmente contrário à impureza. A santidade é necessário para tudo o que Deus chama a fazer, sendo ela um estímulo e deve ser encarada pelos crentes como um estímulo para a procura e prática da santidade.
2. A santidade é a evidência da nossa justificação e eleição:
1 Coríntios 6.11: Paulo diz que a santificação é o resultado da justificação, onde sem esta última, a primeira nunca seria realidade em nossas vidas. São diferentes em seus objetivos, mas inseparáveis. A justificação dá aos filhos de Deus pelos méritos de Cristo o direito ao céu e a audácia de estar em sua presença. Já a santificação proporciona ao crente a idoneidade para gozar desses direitos recebidos pelos méritos de Jesus Cristo.
2 Tessalonicenses 2.13: Paulo diz que a eleição é inseparável da santidade. Somos santos porque fomos escolhidos por Deus e fomos escolhidos para sermos santos, onde a eleição é a causa da nossa salvação e a santificação é a evidência da nossa salvação, o que deve nos trazer conforto e alegria de saber que somos escolhidos de Deus.
3. Sem santidade todas as coisas são corruptas:
Através de Cristo, Deus santifica os seus filhos e faz com que suas orações e ações sejam aceitáveis. Sem Jesus, as obras humanas são corrompidas, segundo Paulo diz em Tito 1.15.
4. A santificação aumenta nossa saúde espiritual:
A santidade é a saúde espiritual. E um dos meios que Deus geralmente para tratar da nossa saúde espiritual é através da disciplina. Através dela Deus molda o nosso caráter, produzindo uma santidade genuína. Através de Jesus recebemos uma nova conta de Deus e através da santificação uma consciência limpa, onde sem elas não temos uma saúde espiritual e não veremos a Deus (Hb 12.11-14).
5. A santidade promove segurança:
Os crentes que buscam ter uma vida santa diante de Deus possuem uma segurança diária, por meio da leitura e estudo da Palavra de Deus, da oração, e Ceia, ex., obedecendo ao que Deus determina em sua Lei.
Quando não há essa busca então a pessoa perde esse sentido de segurança diária, pois ela:
1. Vive despreocupadamente – tomam o pecado de forma imprudente e ficam desatentos com a devoção e o estudo diário da Palavra de Deus.
2. Vive inativamente – é aquele que assume uma postura de que não pode fazer nada para promover a santificação, como se a santidade fosse fora de nós, com exceção de algumas raras ocasiões nas que algo muito especial passa por dentro dela.
De ambas as maneiras evidenciam que o crente não age responsavelmente contribuindo com a sua santificação e isso resulta de que não tem muita segurança e nem estará obedecendo ao chamamento de Pedro para buscá-la 2 Pe 1.10. As duas posturas mencionadas são a receita para a obscuridade espiritual diária, inutilidade e esterilidade espiritual.
6. A santidade é essencial para o serviço eficiente a Deus:
Paulo em 2 Timóteo 2.21 une a santificação com a efetividade, ou seja, aquele que se santifica, cresce mais e fica mais diligente em realizar a obra de Deus com eficiência. Sempre desejará fazer o melhor.
7. A santidade nos dá uma semelhança com Deus:
Quando a pessoa busca pela santidade, as suas atitudes apresentam um coração que tem o amor de Deus nele. Como diz Thomas Watson: “Devemos nos empenhar em ser como Deus em santidade. E um claro espelho em que podemos ver um rosto; é um coração santo em que se pode ver algo de Deus”. Mateus 5.48 Jesus nos incentiva a sermos semelhantes ao Pai.
8. O Deus que amamos, ama a santidade:
Deus ama a pureza, pois Sua natureza é Santa. E como declara citado pelo autor William Gurnall que “Deus ama tanto a pureza, que em lugar de ver uma mancha nas vestiduras de um filho sujo, prefere ver um buraco”. Deus deseja que sejamos santos (1 Pe 1.15, 16; cf. Lv 11.44, 45).
9. A santidade preserva a nossa integridade:
Nos livra de querermos ser os famosos crentes domingueiros, que são aqueles que acham que o culto é somente aos domingos. A santificação nos dá vitalidade, propósito, significado e direção a vida diária. Paulo nos mostra isso em 1 Co 10.31, que tudo o que fazemos é um culto e para a glória de Deus.
10. A santidade prepara para o céu:
John Owen, um teólogo muito famoso no meio acadêmico diz que não existe a possibilidade de se ter um desfrute de Deus em um estado de bendição sem que haja a santificação. A santidade que será aperfeiçoada no céu começa aqui na terra. Hebreus 12.14 nos diz isso.
Conclusão:
Como ação de Deus – Ele nos elegeu para que fôssemos santos. A vivermos em santidade, dizemos que somos eleitos de Deus. Por isso, Eleição e santificação estão intimamente relacionadas. Sem santidade tudo o que fizermos é corrupto. Deus também nos guarda do mal, é a sua promessa (Mt 6.13).
Como responsabilidade humana – ao buscar uma vida de santidade, vemos a nossa contribuição nesse processo, desenvolvendo a nossa santidade como a Bíblia determina, tendo uma segurança diária, sendo eficientes na obra de Deus e tendo nossa integridade preservada, sendo crentes que cultuam a Deus em todo o lugar e não somente na igreja. Como seres responsáveis, somos exortados a nos afastar do mal (1 Ts 5.22).
Aplicação:
1. Gratos a Deus por ter nos escolhido para sermos santos e entendermos sua disciplina como meio para nos santificar.
2. Buscarmos a santificação sendo pessoas: amorosas, generosas (dividindo o que temos com os outros), temperantes, que guardam a língua, que guardam os pensamentos de coisas impuras, que saldam os seus compromissos, etc.), rejeitando valores e coisas que são más e que nos levam a uma vida de prisão no pecado e no vício.
