A história nos diz que durante 800 anos estes dois povos, filhos do mesmo pai Isaque, lutam entre si. Amargura e ódio estavam presentes neles.

 

Obadias descreve: "o dia em que estiveste próximo, mas do lado oposto, quando estranhos levaram os bens dele, e os estrangeiros arrombaram seus portões e lançaram sortes sobre Jerusalém, tu os seguistes e agistes da mesma maneira que eles"

 

Edom manteve-se como espectador, sem fazer nada, enquanto Babilônia atacou Israel.

 

Edom traiu a nação irmã, dizendo que ele seria um aliado, mas optou por não fazer nada.

 

Edom abandonou Israel em sua hora de necessidade.

 

Em seguida, para adicionar insulto à injúria, os edomitas saquearam Jerusalém depois da batalha.

 

Eles capturaram os israelitas em fuga e os entregou aos babilônios.

 

 

Os edomitas eram covardes de coração frio que enganaram seus parentes trazendo destruição e dor.

 

I. O problema

 

Indiferença é um problema.

 

Um colega disse a um homem no ponto de ônibus, "O maior problema em nosso país hoje é a ignorância e apatia." O outro homem respondeu: "Eu não sei o que isso significa e eu não me importo."

 

Pessoas indiferentes deixam de tomar conhecimento do que acontece ao seu redor, não vem ao socorro de pessoas em necessidade, não se envolvem, e deixam de tomar uma posição pelo o que é certo.

 

Indiferentes dizem: "Cuide da sua vida." "Não se envolva". "Viva e deixe o outro viver".

 

II. A chamada

 

A visão de Obadias é um juízo sobre um povo consciente, mas inertes. Ele nos chama para entrar no jogo, para deixar de ser um espectador, para assumir a responsabilidade.

 

Nós nos tornamos negligentes.

 

Para pessoas que tomam a ação, não há lugar para bancos traseiros.

 

Não podemos vencer as batalhas para corrigir erros, salvar almas perdidas, e mudar o curso da sociedade do lado de fora.

 

Nenhuma guerra é vencida apenas ficando sentado e assistindo. É necessário tomar medidas. O envolvimento é necessário. Somos chamados a sair das linhas laterais e entrarmos contudo no jogo.

 

Quando vejo alguém ferir o outro eu preciso fazer como o bom samaritano da parábola de Jesus.

 

Quando vejo alguém machucar outra pessoa, e se eu estou em uma posição de fazer algo sobre isso, eu estou errado por não me envolver.

 

Se eu vejo alguém a ponto de destruir sua vida através de escolhas errôneas e hábitos viciantes, seria pecado não avisá-lo das consequências.

 

Se eu vejo injustiças e imoralidade por ser sal da terra e luz não posso ignorar. Devo agir. Devo defender o que é certo.

 

Martinho Lutero, sob a influência de Erasmo, liderou o ataque para mudar o curso do cristianismo. O reformador estava na porta da capela de Wittenberg, cravando suas noventa e cinco teses, expondo a heresia e hipocrisia da igreja.

 

De maneiras diferentes, por vezes, enfrentamos a escolha de dizer e fazer a mesma coisa: Aqui estou. Eu posso fazer outra coisa. Onde Deus está chamando você para ficar? Que jogo é que ele está lhe convocando para entrar? Qual a nobre causa que Deus está levando você a assumir?

 

III. A razão

 

Por que devemos agir? Obadias lembrou aos seus ouvintes do "dia do Senhor" (v. 15).

 

Essa frase descreve um momento em que Deus vai derramar sua ira sobre um mundo perverso, julgar as nações, e então estabelecer o seu reino, cumprindo assim as promessas feitas a Israel.

 

Mas a frase também foi usada para descrever calamidades ordenadas por Deus enviadas para punir as pessoas a qualquer momento.

 

Isto é o que se refere Obadias aqui. Os edomitas não agiram. Eles traíram os seus irmãos. Deus iria fazê-los pagar. Eles iriam sentir dor, sofrimento, dificuldades e fome.

 

Assim como Babilônia destruiu Israel, outras nações iriam destruir Edom.

 

Há uma declaração de Jesus, que chamamos de a Regra de Ouro: "Portanto, tudo o que você quer que os outros façam para você, também fazer o mesmo para eles - esta é a Lei e os Profetas" (Mateus 7:12, HCSB).

 

As palavras de Jesus indicam uma resposta positiva nas relações pessoais.

 

Obadias 15 dá o lado negativo: "Como você fez, vai ser feito com você, o que você merece retornará sobre a sua cabeça."

 

O apóstolo Paulo reiterou: "Não vos enganeis:. Deus não se zomba, pois o que o homem semear também ceifará..". (Gálatas 6: 7, HCSB).

 

O Deus justo vai honrar a sua palavra.

 

Como o faraó se afogou os bebês judeus, Deus afogou o seu exército.

 

Os homens que mentiu sobre Daniel, a fim de tê-lo jogado na cova dos leões foram jogados aos leões.

 

IV. O final

 

O mal parece triunfar sobre o bem. Imoralidade parece prevalecer. Diante disto dá vontade de desistir. Não se atreva a fazer isso.

 

Basta esperar um pouco. Você vai ver que Deus sempre tem a palavra final, a vitória final.

 

O profeta conclui seu breve livro com estas palavras: "O reino será do Senhor" (v 21)..

 

Julgamento e vitória estão nas mãos de Deus.

 

Que nunca nos esqueçamos disso. Que possamos viver como campeões e vencedores, independentemente do placar.

 

 

 

Conclusão

 

Certa manhã, em dezembro de 1955, uma costureira cristã, chamada Rosa Parks, 42 anos, membro da Dexter Avenue Baptist Church, em Montgomery,

Alabama, decidiu sair da margem do jogo.

 

Ela escolheu a tomar uma posição.

 

Um motorista de ônibus disse-lhe para desocupar sua cadeira e ir para o fundo do ônibus. Esta cristã era uma americana africana e uma pessoa branca queria seu lugar.

 

Em uma das escolhas mais corajosas do século XX, ela não se moveu, e ela começou uma revolução.

 

Na segunda-feira posterior, 10 mil pessoas se reuniram em sua igreja para orar e pedir a Deus: "O que é que vamos fazer a seguir?" Por causa dessa escolha, uma revolução difícil.

 

 

Muitos foram espancados, muitos foram presos, e alguns até morreram. Mas mudou a consciência de uma nação - tudo por causa de uma costureira de fala mansa, que se atreveu a agir.

 

Não podemos dar ao luxo de ficar observando a desintegração moral da sociedade que Deus colocou-nos em nossas mãos.

 

Temos que levantar-nos em nome de Jesus e aproveitar as oportunidades que temos para fazer o bem. Não podemos mais ficar à margem, indiferentes.

 

Temos que agir e agir agora.

 

Amém.